As crianças não brincam de brincar. Brincam de verdade... Por isso Nunca se deve tirar o brinquedo de uma criança, tenha ela oito ou oitenta anos. Mario Quintana
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Por uma educação sem Medo e Autoritarismo
As
crianças não são mais como as de antigamente: não são melhores nem piores,
somente diferentes.
Muitos pensam, falam ou ouvem frases do tipo “As crianças
de hoje não são as mesmas de antigamente”, “Já não fazem crianças como
antigamente”.
Boa parte dos adultos concorda que tiveram uma educação
melhor, pois em sua época os pais eram mais autoritários, mais rígidos e por
isso havia mais limites. Vários defendem que os castigos, tapas e beliscões que
sofreram na infância foram fundamentais para se tornarem os adultos que são
hoje. “A palmatória foi crucial para eu ser o homem que sou!” alguém me disse.
Discordo desse pensamento.
Tais indivíduos foram crianças que cresceram educadas às
antigas normas, aos antigos padrões e tornaram-se os adultos de hoje.
Em minha opinião, considerando o que o mundo é
atualmente, com toda a miséria, com todos os conflitos, agressões e assim por
diante, o homem ainda é o mesmo de antes: bruto, violento, agressivo,
acumulador e competitivo. E ele construiu uma sociedade baseada nestes termos.
Vemos que nem todas as crianças possuem uma boa educação, uma boa
alimentação, cuidados adequados para o seu desenvolvimento. Saímos a rua e nos
deparamos com cenas deploráveis de crianças com frio, fome, simplesmente
jogadas ao relento.
Ou seja,
as crianças de antigamente – hoje todas adultas – não conseguiram construir um
mundo melhor.
Então eu
grito: Que bom que as crianças de hoje não são as mesmas de antigamente!
Hoje as crianças estão submetidas a
mais estímulos que antes, e o meio é menos restritivo à participação delas.
O que nós adultos temos que fazer, tanto dentro de casa
quanto nas escolas, é substituir o primitivo Medo/Autoritarismo pelo Respeito/Autoridade.
Noto que um dos problemas principais em lidar com essas
crianças é querer enquadrá-las em esquemas pré-estabelecidos.
Queremos um mundo melhor, mas não estamos dispostos a
educar nossos filhos sem enquadrá-los no que já existe (ou existiu?).
Temos que ter consciência do potencial de cada um deles.
Temos que ter consciência do potencial de cada um deles.
Temos que nos abrir para o novo, pois a missão deles é
nos mostrar que um mundo melhor com respeito e harmonia é possível!
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