As crianças não brincam de brincar. Brincam de verdade... Por isso Nunca se deve tirar o brinquedo de uma criança, tenha ela oito ou oitenta anos. Mario Quintana


terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Educação sem preconceito: a família e a homossexualidade


Por Alípio de Sousa Filho

Não há dúvida que o preconceito anti-homossexual é um dos mais fortes na nossa sociedade. E também não há dúvida que a educação familiar é uma das que mais contribui para a produção e a reprodução desse preconceito. Poderíamos dizer que boa parte da educação familiar se orienta no sentido de “evitar a homossexualidade”. Em geral, os pais temem que seus filhos sejam “gays” e suas filhas sejam “lésbicas”, e assim, desde cedo, os pais e demais membros adultos da família, consciente e/ou inconscientemente, adotam estratégias que visam reforçar o padrão sexual instituído e legitimado, a heterossexualidade, espécie de cuidado para evitar a “queda no homossexualismo”: estratégias que vão desde as brincadeiras sobre “namorado(a)s” com crianças com menos de cinco anos a cobranças de “casamentos” para jovens em idade inferior a vinte e cinco anos. Ainda, nas famílias, os adultos são vigilantes quanto a “sinais” que indiquem “homossexualismo” nas crianças. Vigilância que tem tornado crianças e jovens objetos de todo tipo de controle dos adultos, casos até mesmo em que são encaminhados para psicólogos, psiquiatras, etc., com a “esperança” de evitar um “problema” (uma “mancha”, uma “vergonha”) na família.

Essa é a linguagem do preconceito. leia +