Por Alípio de Sousa Filho
Não
há dúvida que o preconceito anti-homossexual é um dos mais fortes na
nossa sociedade. E também não há dúvida que a educação familiar é uma
das que mais contribui para a produção e a reprodução desse preconceito.
Poderíamos dizer que boa parte da educação familiar se orienta no
sentido de “evitar a homossexualidade”. Em geral, os pais temem que seus
filhos sejam “gays” e suas filhas sejam “lésbicas”, e assim, desde
cedo, os pais e demais membros adultos da família, consciente e/ou
inconscientemente, adotam estratégias que visam reforçar o padrão sexual
instituído e legitimado, a heterossexualidade, espécie de cuidado para
evitar a “queda no homossexualismo”: estratégias que vão desde as
brincadeiras sobre “namorado(a)s” com crianças com menos de cinco anos a
cobranças de “casamentos” para jovens em idade inferior a vinte e cinco
anos. Ainda, nas famílias, os adultos são vigilantes quanto a “sinais”
que indiquem “homossexualismo” nas crianças. Vigilância que tem tornado
crianças e jovens objetos de todo tipo de controle dos adultos, casos
até mesmo em que são encaminhados para psicólogos, psiquiatras, etc.,
com a “esperança” de evitar um “problema” (uma “mancha”, uma “vergonha”)
na família.
Essa é a linguagem do preconceito. leia +
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