Do
estágio II
Gadotti
(2002) afirma que profissão do educador deve abandonar a concepção predominante
no século XIX de mera transmissão do saber escolar. O professor não pode ser um
mero executor do currículo oficial e a educação já não é mais propriedade da
escola, mas de toda a comunidade. A competência do professor não se mede pela
sua capacidade de ensinar, mas pelas possibilidades que constrói para que as
pessoas possam aprender, conviver e viverem melhor.
O
pedagogo não deve ser apenas um executor de tarefas. É necessário que ele pense
nos processos educativos como um todo, bem como nas relações existentes entre
educação e sociedade.
Ele
precisa de uma sólida fundamentação teórica para escolher entre uma atuação que
possibilita a manutenção ou a transformação da sociedade. Sua atuação política
se pauta em qual sociedade se quer construir e manifesta-se diariamente na
reflexão sobre seu trabalho docente e em suas atitudes para garantir um ensino
de qualidade para seus alunos.
Visto
que é a escola quem oferece o conhecimento formal sistematizado, isso se deve
dar de forma intencional. Para tanto, essa intencionalidade exige planejamento,
por isso também se faz necessário que o pedagogo participe ativamente da
elaboração do Projeto Político Pedagógico, assim como, dos demais instrumentos
de planejamento imbricados em sua prática pedagógica: planos de aula, plano de
ação da equipe pedagógica. Dessa forma, será possível que o pedagogo domine
todo o processo de formação da escola, evitando realizar um trabalho
improvisador.
Ter
claro seu papel político e pedagógico, refletindo sua função social na escola e
sabendo como acontece o aprendizado, torna-se fundamental para a organização do
trabalho do pedagogo.
GADOTTI, Moacir. Boniteza de um sonho: ensinar-e-aprender com sentido. São Paulo: Cortez, 2002.